Dias após assumir como prefeito de Manaus para mais quatro anos, David Almeida (Avante) anunciou, nesta sexta-feira (3), que a tarifa do transporte público será reajustada em 2025. O anúncio foi feito durante a entrega de 20 novos ônibus na avenida das Torres, em Manaus. Atualmente, a tarifa convencional custa R$ 4,50, enquanto o modal executivo é tarifado em R$ 5.
Sem informar o índice de aumento ou a data para a aplicação, Almeida justificou a necessidade do reajuste como uma medida para reduzir os subsídios pagos pela Prefeitura às empresas de transporte.
“Nós vamos ter que negociar os subsídios dos trabalhadores do transporte coletivo, e é necessário, como todo o Brasil está fazendo, o aumento da tarifa do ônibus. Isso é a correção que nós vamos ter que fazer. Já está no terceiro ano, e nós vamos corrigir agora. Atualmente, a Prefeitura subsidia mais de R$ 4 por cada passagem”, explicou.
Apesar de destacar a renovação da frota com 20 novos veículos, o sistema de transporte coletivo de Manaus enfrenta duras críticas da população. Muitos ônibus em circulação estão em condições precárias, com veículos sucateados e sem manutenção adequada, rodando pelas ruas da cidade. Além disso, a segurança no transporte público é uma preocupação constante: praticamente todos os dias, ônibus são alvos de assaltos, colocando passageiros e trabalhadores em risco.
A notícia do reajuste gerou grande repercussão nas redes sociais, com críticas vindas de diversos usuários. “Tome marretada do 70”, comentou um internauta, em referência ao slogan de campanha do prefeito. Outro afirmou: “Esse peso eu não carrego de ter votado neste pintor”.
Moradores também questionaram como o aumento da tarifa impactará o orçamento familiar, especialmente diante da qualidade duvidosa do serviço oferecido. Muitos cobraram melhorias estruturais e maior segurança no transporte público antes de qualquer reajuste.
O prefeito, no entanto, não detalhou se o aumento seguirá indicadores como o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado frequentemente em serviços administrados. A falta de clareza sobre o índice e a data para a aplicação do reajuste alimenta ainda mais a insatisfação popular.