
Manaus – Decisão tomada por maioria dos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu pelo afastamento de William Enock de Sousa Siqueira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Empresas de Transporte Especial, Turismo, Fretamento, Locadora e Carros de Valores Intermunicipal de Manaus (Sindespecial), e de seu vice, Gabriel, sob suspeita de fraude nas eleições sindicais. A decisão foi tomada após a análise de uma série de denúncias, que apontavam irregularidades no processo eleitoral da entidade.
Segundo a acusação formal apresentada ao TRT, William Enock e Gabriel teriam manipulado os resultados das eleições internas do sindicato para assegurar a manutenção de seus cargos, recorrendo a métodos fraudulentos, como a inclusão de eleitores fantasmas e a intimidação de adversários políticos. As suspeitas surgiram após várias denúncias de sindicalistas que alegavam ter sido impedidos de concorrer ou que tiveram seus votos desconsiderados no processo.
A decisão do TRT, que incluiu o afastamento imediato dos dois dirigentes, foi baseada em evidências apresentadas pela investigação, que apontou um esquema organizado de corrupção e fraude eleitoral. A maioria dos desembargadores concluiu que a continuidade de William Enock e Gabriel nos cargos representava um risco à transparência e à integridade do processo democrático dentro do sindicato.
Além das fraudes eleitorais, os dois também enfrentam acusações de desvio de recursos sindicais e intimidação de testemunhas. As investigações revelaram que os dirigentes sindicais utilizaram parte das contribuições dos associados para benefício pessoal, enquanto membros da oposição eram pressionados e até ameaçados para que não denunciassem as irregularidades.

A ação do TRT é mais um desdobramento da crise que já vinha se desenrolando no Sindespecial. Em abril de 2016, William Enock havia sido preso pela Polícia Federal por envolvimento em outro esquema de desvio de contribuições sindicais e obstrução da Justiça do Trabalho. Na época, ele foi acusado de intimidar testemunhas e utilizar métodos violentos para coagir quem tentava expor as irregularidades na gestão do sindicato.
Vale ressaltar, que não é a primeira vez que William Enock é suspeito de fraude eleitoral e que a reincidência mostra um possível modelo de operação de Enock para se perpetuar no poder e manter seu cargo de maneira ilícita.
Fonte: Citei Manaus