Saúde em xeque! Após descolar empréstimo bilionário, David Almeida manda fechar mais uma UBSs

MANAUS – O prefeito David Almeida decidiu fechar a Unidade de Saúde da Família (USF) O-21, situada no beco Danilo Areosa, no bairro Compensa, zona Oeste da cidade. Apesar do empréstimo de R$ 2,6 bilhões, a justificativa para a decisão foi a presença de problemas estruturais no prédio.

A Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) confirmou o fechamento, que marca a terceira UBS encerrada sob a gestão de Almeida. Em março, a Unidade de Saúde da Família (USF) S-24, localizada no bairro Crespo, também foi desativada, seguida pela Unidade de Saúde da Família (USF) L-09, no bairro Armando Mendes. A situação levanta preocupações sobre o acesso à saúde na capital.

Os serviços e procedimentos de saúde agora serão concentrados no Centro de Referência de Assistência Social (Cras), localizado na rua da Indústria, nº 20, Compensa 1, funcionando das 8h às 14h.

Mês passado, David Almeida enfrentou duras críticas após conseguir o empréstimo de R$ 2,6 bilhões, com questionamentos sobre a destinação desses recursos e a efetividade das ações em saúde. O fechamento das UBSs, que tem gerado insatisfação na população, intensifica a pressão sobre a administração municipal em um momento já delicado. A falta de unidades de saúde acessíveis pode agravar ainda mais a situação, levantando dúvidas sobre o compromisso da gestão com o bem-estar da comunidade.

“É importante esclarecer que a proposta apresentada pela Prefeitura de Manaus não se refere a uma operação de crédito no montante total de R$ 2,5 bilhões, mas sim à autorização para futuras contratações a serem realizadas de acordo com o espaço fiscal disponível a cada ano, no período de 2025 a 2028”, afirmou o prefeito. Contudo, ele não explicou por que, mesmo com esse volume de recursos, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão sendo fechadas.

Essa falta de clareza em relação ao uso dos fundos gera ainda mais descontentamento entre os cidadãos, que se perguntam como a gestão municipal pode justificar a redução no acesso à saúde em meio a um empréstimo tão significativo. A desconexão entre as promessas de investimento e a realidade do fechamento de unidades de saúde levanta questões sobre a priorização de recursos e a efetividade das políticas públicas em Manaus.