
A Câmara Municipal de Manaus pode estar prestes a testemunhar mais uma reviravolta política envolvendo fraude eleitoral. O vereador Elan Alencar (DC) está no centro de investigações do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), acusado de integrar uma chapa com candidaturas femininas fictícias nas eleições de 2024 — o mesmo tipo de irregularidade que levou à cassação de Antônio Peixoto (Agir) no ano passado.
O caso de Peixoto se tornou emblemático. Em março de 2024, o TRE-AM decidiu anular todos os votos da legenda por identificar que a coligação usou candidatas laranjas apenas para cumprir a exigência legal de 30% de mulheres na chapa proporcional. A punição foi dura e imediata: cassação do mandato e recontagem dos votos.
Agora, Elan Alencar caminha sobre a mesma linha tênue. Das 12 mulheres registradas como candidatas pelo Democracia Cristã, seis não apresentaram movimentação financeira, tampouco realizaram qualquer atividade de campanha visível. As investigações do Ministério Público Eleitoral levaram à abertura de três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs), que podem culminar em uma decisão semelhante à de Peixoto.
A análise jurídica aponta que, se o TRE entender que houve simulação de candidaturas apenas para driblar a cota de gênero uma exigência constitucional que visa ampliar a participação feminina na política a,consequência natural será a cassação de todos os votos da legenda e a perda de mandato do vereador.
Reação política e sinais do TRE-AM
Nos bastidores da política manauara, cresce a expectativa de que o TRE mantenha a coerência em seu entendimento. A Corte Eleitoral tem sinalizado tolerância zero com práticas que violam a paridade de gênero nas chapas proporcionais. Especialistas avaliam que a eventual cassação de Elan pode consolidar uma jurisprudência local mais rígida quanto ao cumprimento efetivo da lei.
“Não se trata apenas de fraude eleitoral, mas de um golpe à representatividade democrática”, afirma um jurista ouvido pela reportagem, sob anonimato. “Se confirmadas as denúncias, a cassação é mais do que uma punição individual: é uma resposta institucional à tentativa de burlar uma política pública essencial.”
O impacto na composição da Câmara
Além do impacto jurídico, a possível cassação pode alterar novamente a composição da Câmara Municipal de Manaus. Caso os votos do Democracia Cristã sejam invalidados, a recontagem pode abrir espaço para suplentes de outras legendas, provocando realinhamentos políticos e administrativos.
Com a cassação de Peixoto já consolidada e o processo contra Elan Alencar em estágio avançado, o cenário sinaliza uma mudança no comportamento do Judiciário Eleitoral no Amazonas. O endurecimento contra candidaturas fictícias reforça o compromisso com a moralidade eleitoral e a representação de gênero e serve como alerta para partidos que ainda apostam em fraudes como estratégia de sobrevivência política.
Observação:
atenção! O portal Abutre da notícia recebeu um relatório completo do patrimônio real do Vereador Elan e conexão no interior do Amazonas como Eirunepé sua Terra natal e Itamarati, preparamos uma série de reportagem que deixará os bastidores políticos e de Manaus balançado aguardem….