Débora Menezes vira alvo de chacota e críticas após campanha com bandeiras do Brasil nas ruas de Manaus

Manaus – A deputada estadual Débora Menezes (PL) virou alvo de piadas e críticas nas redes sociais após percorrer as ruas de Manaus convocando a população para participar do movimento “Reaja Brasil”, marcado para o dia 3 de agosto, na Ponta Negra, zona oeste da capital amazonense.

Com um discurso contra o que classifica como “censura às vozes conservadoras”, Débora tem incentivado moradores a colocarem bandeiras do Brasil em casas, comércios e veículos, como forma de protesto simbólico. A mobilização, segundo ela, seria uma resposta à “perseguição política” e à “restrição da liberdade de expressão” no país.

Nos últimos dias, a parlamentar tem aparecido em vídeos nas redes sociais abordando motoristas e pedestres nos sinais de trânsito, entregando adesivos e convidando para o ato. Apesar do esforço, a repercussão tem sido negativa entre internautas. “Essa daí não faz nada na Assembleia, é filhinha de papai, coleciona polêmicas e quer bancar a conservadora e defensora da pátria”, comentou um usuário nas redes sociais. “Lá vem a lambe botas do Bolsonaro, só serve pra isso”, disse outro.

Segundo a deputada, que é filha do ex-superintendente da Suframa, Coronel Alfredo Menezes (Progressistas), a campanha deve se expandir para outras zonas da capital nos próximos dias. Em nota enviada à imprensa, Débora afirmou: “A gente está vendo pessoas sendo presas por dizerem o que pensam. Isso não é democracia. É censura, é perseguição.”

Histórico de polêmicas

Débora Menezes, que cumpre seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), já protagonizou outras situações controversas. Em 2023, foi alvo de críticas após rumores de que sua influência teria contribuído para a saída da delegada Joyce Coelho do comando da Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente (Depca).

Neste ano, a parlamentar também foi alvo de críticas ao deixar os trabalhos legislativos para participar de uma viagem à Europa, onde afirmou estar protestando contra uma suposta “ditadura” no Brasil. Na ocasião, integrou uma comitiva liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com agenda em Bruxelas (Bélgica) e encontros com parlamentares europeus, incluindo nomes ligados à extrema-direita e movimentos neonazistas.