Alberto Neto cobra demissão de Marina Silva e defenda povo amazonense e pequenos produtores rurai

Durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara, nesta quarta-feira (2), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi mais uma vez alvo de duras críticas — e sua fragilidade política acabou favorecendo o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM), que dominou o debate com críticas contundentes à atuação do governo na Amazônia.

Sem qualquer respaldo da base aliada, Marina ouviu calada a série de denúncias feitas por Alberto Neto sobre ações abusivas do Ibama e do ICMBio contra pequenos produtores no interior do Amazonas. O parlamentar chegou a sugerir que a ministra “pedisse demissão”, diante da total ausência de apoio do governo e da ineficácia em conter os excessos de seus subordinados.

O deputado relatou episódios em que agentes ambientais invadiram propriedades, destruíram estruturas produtivas e intimidaram comunidades rurais. Ele anunciou que já acionou o Ministério Público Federal para investigar o que classificou como ações ilegais e autoritárias por parte dos órgãos ambientais.

Ao contrário de convocações ministeriais anteriores, nenhum parlamentar da base governista tentou aliviar a situação transformando a convocação em convite — Marina foi deixada sozinha no fogo cruzado. A ausência de defesa explícita apenas expôs ainda mais o isolamento da ministra dentro do próprio governo.

Alberto Neto também criticou o que chamou de “negacionismo fundiário”, destacando que áreas regularizadas têm desmatamento mínimo, segundo dados do Incra. Para ele, a regularização fundiária é a chave para aliar preservação e desenvolvimento.

Com um discurso direto e técnico, o deputado ganhou espaço político e consolidou sua imagem como opositor firme às políticas ambientais que considera distantes da realidade amazônica — um vácuo que Marina Silva, com seu silêncio e fraqueza institucional, ajudou a ampliar.